segunda-feira, 9 de dezembro de 2013




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INFORMATIVO DA AJEB - ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS E ESCRITORAS DO BRASIL - COORDENADORIA SÃO PAULO - ANO II n.5 - Dezembro/2013
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NATAL – ANO-NOVO
           Kina de Oliveira                          

Que o espírito do natal permaneça presente em todos os corações neste dia maior. Um adeus ao velho ano que se retira e braços abertos para receber o novo que se aproxima. NA PLENITUDE, a comunhão do afeto, a ternura de um abraço físico no contato ou espiritual na distância. Um abraço que seja CÓSMICO na grandeza da emoção. QUE A LUZ BRILHE EM CADA CORAÇÃO, EM CADA ALMA, como um RENASCER na contagem regressiva e carregue em seu bojo a firme proposta de um promissor ano-novo!

A concretização almejada! A palavra não é tudo quando o coração fala mais alto! Os anos se desdobram no esplendor de cada ideal. De cada sonho! UM PASSO À FRENTE E A FÉ CONSTRUINDO A CONQUISTA!

É NATAL!
“GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS, PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE!”




                                                                           NATAL                                                                                      
                                      Irene Bassi
                                                      


Uma luz sublime brilha em cada olhar
É a fantástica alquimia que nos envolve no Natal!
O amor fala mais alto para o nascimento celebrar
Glorificando a dádiva da vida,
Um misto de sonhos povoa o emocional

Da mente e do coração brota uma iluminada chama
No calórico ato de compartilhar
Reservando um imenso estoque de ternura
Para com alegria presentear
Trazendo para o novo ano augúrios de boa sorte
E esperança para novas metas realizar

Lembrando que nada retorna, vivenciar o presente
E no futuro acreditar
E ao soarem as badaladas dos sinos de Natal
Quebrar as algemas, despojar-se das mágoas
Esquecer todo o mal

E com a alma esvoaçante na leveza da mais profunda Paz
Acolher, abraçar e perdoar!




A CHAMA QUE PERMANECE ACESA

                                                                                             Daisy Buazar

Mais um ano chega ao fim. É nesta época de festas que nos confraternizamos com nossos familiares e amigos, desejando-lhes saúde, paz e amor. É também nessa ocasião que fazemos uma retrospectiva de nossas realizações e um planejamento para o ano vindouro. A AJEB muito realizou. Em nível nacional, mantivemos contato com todas as Coordenadorias, seja por correspondência, seja por e-mail, seja por mensagens trocadas nas redes sociais. E foi por meio delas que uma jovem poetisa e uma promissora escritora tomaram conhecimento de nossa associação e a ela se afiliaram, abrindo oportunidade à reativação da Coordenadoria do Paraná, berço da AJEB: Danielli Okamura Rodrigues, a quem foi destinada a coordenação, e Marilina Baccarat de Almeida Leão. E não é só. Jacqueline Aisenmann, radicada em Genebra, Suíça, editora da revista virtual Varal do Brasil, também se afiliou à AJEB, tornando realidade o sonho de vermos nossa associação representada além das fronteiras nacionais. Agradeço e congratulo-me com todas elas, desejando-lhes pleno êxito na nova empreitada que têm pela frente. Em nível estadual, a Coordenadoria São Paulo recebeu a afiliação de Nilda Luz, Sara Abud e Maria Helena Homem de Mello, que exibem seus trabalhos nesta edição. A elas, igualmente nossos cumprimentos e votos de grandes realizações. Como Estado-sede da AJEB, organizamos a edição da Antologia “Letras Encantadas”, a cujo projeto aderiram escritores de vários Estados, onde a AJEB tem Coordenadorias ativas. Projeto que se tornou realidade, graças ao comprometimento de todas as ajebianas paulistas, em especial de Leontina C. Jacubcionis, na revisão, do jornalista e escritor Renato Modernell, que elaborou o prefácio, e de Giselda Medeiros, Presidente Honorária da AJEB/CE, que escreveu o texto das orelhas. O lançamento, em dezembro, na Livraria da Vila do Pátio Higienópolis, foi sucesso de público e de vendas. E para o futuro, o que temos em mente? Bem, continuar o trabalho de divulgação da escrita literária feminina, para o que contamos com a página da AJEB no Facebook e com o blog da AJEB/SP, e perseverar no ideal de confraternização que une as ajebianas, para que a chama da vela permaneça acesa.


 ESCREVER FAZ BEM
                                                 Leontina C.Jacubcionis
Reservar um tempinho por dia para escrever, rabiscar ideias no papel, pode até ter efeito terapêutico, pois baixa a ansiedade e estimula a organização dos pensamentos, dizem os psicólogos e professores escritores. Gosto do hábito de, na agenda, mesmo de forma abreviada, anotar fatos relevantes, consultas, aniversários, e as prioridades da semana, para não perder datas significantes e controlar meus horários, como se fosse dona do meu tempo. Nem sempre dá muito certo, mas ajuda. O hábito é antigo. Os primeiros diários eram chamados de livros de cabeceira, já no Japão do século VIII. Pode também funcionar como desabafo, quando se anota aquele encontro que não deu certo e deixou um gosto amargo, mas também como registro da alegria, quando se volta mais leve de um concerto, um belo filme ou de um bom programa. Descobre-se, com a prática, que a escrita se desenvolve, caminha como em um processo de amadurecimento e ameniza os sentimentos, à medida que vão parar nas páginas de um caderno, de um computador ou modernamente em blogs e facebook. A diferença é que o diário é íntimo, só seu, e o que segue em outros meios é compartilhado com amigos e até desconhecidos. O diário, a gente guarda para relembranças ou até rasga, já o que se publica na rede não tem volta, ficará eternamente nas nuvens.
Desse início, pode-se partir para escritas mais elaboradas em que a criatividade toma espaço e recheia de novidades um texto, um conto ou uma poesia, por que não?  De um publicitário, ouvi, curiosa, dizer que achava que a criatividade, na verdade, é a inteligência se divertindo.  Capacidade criativa, como qualquer músculo, precisa ser treinada e utilizada. Quanto mais usar, mais vai se desenvolver. Todos devem nascer com esse chip instalado. Uns usam mais e melhor. Outros têm o dom da escrita, mas todos têm de exercitar.
Inteligência é para os avanços, para se firmar e para saber entender nas entrelinhas e suspeitar, por exemplo, de que há algo errado em nosso reino quando pagam R$150,00 por um café da manhã e o pagamento de R$80,00/mês na conta de um necessitado o eleva à classe média. Nessa hora, o gongo deve soar ainda mais ato para dar força às vozes que lutam por manter na pauta as reivindicações do povo. Esperamos pelo dia em que todos puderem ler, escrever, desenvolver suas ideias, com suficiência para expressar a própria criatividade e suas querenças. Enquanto isso, época da festa natalícia, que tal presentear com livros? Muitos livros, para surpreender com a arte da variedade de estilos, novas propostas para ativar as emoções na busca de celebrar um Ano-novo, sem fronteiras. E já que "A vida é Assim", nos inspiremos em Guimarães Rosa: "Todo caminho da gente é resvaloso. Mas também cair não prejudica demais. A gente levanta. A gente sobe. A gente volta. O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim. Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria. E ainda mais alegre no meio da tristeza..."
Coragem, pois! Não economize, se solte para dar o seu melhor.
     

                                                                  Re-encontro                                 

                                  Edir Pacheco     


Embora saudosa neste momento,
Deus te embala e fiques aliviado
Irei seguindo o meu pensamento
Recordando-te, meu doce amado

Aquela chama que senti outrora
Lâmpada acesa dentro de mim
Terá mais brilho a cada hora
A tua lembrança não terá fim!
Irei vivendo pelo mundo afora
Repetindo, ainda, mil vezes, sim!

POR QUÊ? *
                             
                             Ana Maria Guimarães

Por quê você não diz
Tudo aquilo que eu
Gostaria de ouvir bem
Baixinho ao meu ouvido
Bobagens de amor
Brincadeiras infantis

Por quê você não me agrada
Com bombons ou algumas
Flores, mesmo sendo artificiais
Eu gosto tanto!

Por quê você não me
Carrega no colo
Girando em torno de si
E diz que me ama!

Por quê você não me
Acaricia mais
Passando seus dedos
Por entre meus cabelos
Como você fazia num
Gesto tão carinhoso

Por quê você não faz mais louvor
À minha beleza
Eu continuo bonita, sabe?
É só você me enxergar

Os anos passaram
Nossos cabelos embranqueceram
Nossos corpos envelheceram
Nos tornamos amigos
Não é só isso que eu quero!
Preciso de coragem pra dizer
Que eu ainda sou mulher!
E se olhar bem direitinho
Vai ver
Que ainda sou menina!
 

*A poesia publicada na edição de junho 2013, é intitulada Centelhas


                                      Descobri neste momento 
                                                Sara Abud


Descobri neste momento...
Meu amor...
Que depois de ti...
Todas sequelas de amor...
São sombras e nada mais!

Descobri que depois de ti...
O infinito amor que te dediquei...
Fragmentou-se...
Foi universal... visceral...

Descobri neste momento...
Que este amor vai...
Até o além da vida!

Descobri neste momento...
Quantos dias... quantas noites...
De verdadeiro amor...
É um só... anelou-se!

Descobri neste momento...
Imenso amor...

Quase onipotente...
Não sucumbirá jamais!


OLHANDO O MAR
                    Nilda Luz
                              
   Vejo o mar e sua amplidão se estendendo além do horizonte.
   É lindo!
   As ondas vêm, umas após as outras, incessantes, numa bruma de espumas, 
beijando a areia. Trazem a sensação de renovação da vida.
   Nossas vidas são como ondas que cumpriram suas metas. Cada dia, cada onda
 chega à praia, ora suave, mansa, ora agitada e turbulenta. Todas elas terminando 
 numa areia branca ou batendo nas pedras, chegam ao seu destino.
    Sinto a beleza desta visão e aumenta em mim o desejo de vida.
    Vida... Quero-a agora mais calma, mais contemplativa, tal como apenas sentir a 
 água, a areia e o sol como uma dádiva suprema.
   Enfim, quero viver e sentir a vida, simplesmente pela vida, que é bela como o mar.
   E eu penso... Percorri um caminho...
   Sonhei, lutei, vivi intensamente...
   Realizei alguns sonhos, outros não.
   Minhas ondas bateram nas pedras, algumas vezes, em outras chegaram à praia. 
Continuarão a chegar, quem sabe, a cada dia.
   Mas agora, eu quero tão somente aguardá-las tranquila, como areia molhada já 
 por muitas ondas e, por isso mesmo, firme e serena. 
   Agradeço ao criador pelo que já vivi e espero encetar uma nova etapa, olhando o 
 mar, sentindo o sol e recebendo seu calor indiferente ao bramir das ondas da vida.
   VIVER HOJE. 
   Onda por onda. Um dia de cada vez.



 DOIS EM UM
                          Geni Pires Camargo Prado


Amar a dois na mesma frequência
Reciprocidade mútua
Viver a essência
Ser eu, ser tua.

Amor coronário
Extraordinário
Amor sexual
Sem igual

Amar nos teus braços
Gritar em verso
Universo
Teia de laços

Amor profundo
Não é deste mundo
Como retê-lo
Temo perdê-lo

Fica pra sempre
Veja nosso ninho......
Plumagem macia
Tão quentinho!

Você partiu
Psiu, psiu
Assim, assim, fim.
Voou pro além
Fiquei sem ninguém

Um vaso quebrou
O outro aguentou
Juntei os caquinhos
Pequenos, grandes, todinhos

Vaso de barro
Cantou o jarro
Dor de amor
Aroma de flor


             
                                                
Kina de Oiveira, como é conhecida Joaquina Fernandes de Oliveira no meio literário, é         Presidente Honorária da AJEB - Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil.   Jornalista, psicóloga e escritora, Kina  iniciou sua bela carreira aos treze anos, quando ganhou o primeiro prêmio num concurso literário promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo , o que lhe rendeu a publicação de sua foto e biografia na primeira página daquele jornal sob o  título "Esperanças do   Brasil" . É formada em  Comunicação e Pós-graduada em Psicologia Clínica e Tratamento, com especialização em terapia de casais e Neurolinguística.  Fez o curso Herramienta del Espiritu em Madri-Espanha e participou de Vivência Espiritual (Nirvandva) no Tibet. É membro efetivo do Institute of Psycorientology, Laredo, Texas, USA. Eleita coordenadora da AJEB/SP em 1999 para completar o mandato de Iris  Fernandes Titto,  falecida em dezembro de 1998, foi  reeleita em 2000, passando, em 2002,  à condição de Presidente Honorária. Dona de uma inteligência impar, ministrou palestras e cursos sobre Análise Transacional e energia quântica na valorização do ser humano, colaborando com artigos em diversas Antologias. Publicou diversos livros de poesias, contos, auto-ajuda e artigos científicos, dentre eles "Vivência Traumática e o Ser Harmônico". É autora de "Voo de Eros", "O poeta e o Padre" e "Psiu... Quem é você? Ideais, Metas e Realizações". Atualmente com 97 anos, continua irradiando amorosa energia e alegria de viver.                                                                                                                     

                                                 
                                                                                                                                                       
                                                          
 EDIR PACHECO, escritora e poetisa, ingressou na AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria São Paulo, em 1997,  tendo ocupado os cargos de Segunda Diretora e Segunda Secretária. Em 1999, publicou seu primeiro livro de poesias “Momentos de Ternura” e, em 2004, “Momentos de Ternura a Dois”, uma compilação de poesias de sua autoria e de seu esposo Altair Pacheco, falecido em 2002. Prefaciando a obra, assim se expressou Kina de Oliveira: “Altair e Edir, no encontro amoroso, vibraram na chama do grande amor que, no romântico enlace, transborda na poesia, pulsando no sangue desse poeta e dessa poetisa”.
Edir deixou saudades, era uma presença constante nas reuniões da AJEB/SP e sempre com um sorriso que iluminava seu rosto. Declamava de forma impar suas poesias, carregadas de emoção e ternura por seu esposo e por sua filha Ieda. De uma de suas preferidas, “Re-encontro”, retiramos dois acrósticos, para o Canto Poético desta edição, como uma homenagem a dois cisnes que agora nadam no mar infinito.   



PALESTRA NA AJEB
Carlos Moura e Seu Chico, ao centro, ladeados por ajebianas e convidados

No dia 27 de novembro, em seguida à reunião da AJEB, tivemos um encontro com o jornalista e poeta Carlos Moura, que contou para as ajebianas e convidados sobre o processo de criação de seus textos, seus poemas e como dirige um jornal mensal: Centro em Foco. Apaixonado por esta nossa cidade de Piratininga, ele retrata, apesar das muitas mazelas, as belezas da vida cultural nos museus, restaurantes, centros culturais  e o entusiasmo de muitos em revitalizar a nossa principal praça, a da Sé.


                               LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA "LETRAS ENCANTADAS"
                                          
Nilda Luz (ao centro), Ana Maria Guimarães e Daisy Buazar recebendo convidadas

Daisy Buazar,   Marilina Baccarat de  Almeida Leão, da AJEB/PR, e Ivonete Miranda, da AJEB/SP, autografando sob os olhares de Angela Tudisco e Vida Alves (ao fundo)

Apesar da chuva e do trânsito caótico em São Paulo, muitos convidados compareceram na  tarde-noite de 05 de dezembro na Livraria da Vila Pátio Higienópolis, para prestigiar o lançamento da Antologia Letras Encantadas, da AJEB, organizada pela Coordenadoria São Paulo em âmbito nacional., e editada pelo Grupo Editorial Scortecci. A Antologia tem o prefácio do jornalista e escritor Renato Modernell e as orelhas de Giselda Medeiros, Presidente Honorária da AJEB/CE. 



EXPEDIENTE: Literata é uma publicação da AJEB - Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - Coordenadoria São Paulo. Rua Francisco Leitão, 235, cj. 52 - Cep. 05414-020 - São Paulo - SP. Tel: (11) 3063-1487 - Email: daisy.buazar@gmail.com.br - http://ajebsp-blogger.blogspot.com - Presidente Honorária: Joaquina (Kina) Fernandes de Oliveira. Presidente da AJEB e Coordenadora da AJEB/SP: Daisy Buazar - Jornalista responsável: Joaquina Fernandes de Oliveira - Mtb 1904 - Coordenação Editorial: Daisy Buazar - Revisão: Leontina C. Jacubcionis - Arte: Maria Helena Buazar - Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores. A AJEB gostaria de ouvir sua opinião e suas sugestões. Participe!